Quarteto Amazônia
cordas

Claudio Cruz violino
Igor Sarudiansky violino
Horácio Schaeffer viola
Alceu Reis violoncelo

O Quarteto Amazônia, composto por quatro dos mais destacados instrumentistas brasileiros, foi o primeiro conjunto de música erudita do país a vencer o Grammy Awards. A premiação, ocorrida em setembro de 2002, elegeu o CD Adiós Nonino como melhor álbum de música clássica.

Formado em 1994, o conjunto tem como principal objetivo a divulgação de compositores nacionais (consagrados ou não). Para tanto realiza um constante trabalho de pesquisa junto a bibliotecas e museus sobre material nunca gravado e muitas vezes nunca executado. Dado que atua com impecável qualidade também no repertório tradicional, o quarteto é tido como uma das mais gratas realizações camerísticas do país, preenchendo assim uma importante lacuna no cenário erudito brasileiro.

Em maio de 2000, o conjunto realizou a sua primeira turnê européia, com concertos na França, Alemanha e Áustria. Graças à excelente repercussão, receberam diversos convites para novos eventos. Assim, em maio de 2001, apresentaram-se em Roma, Viena, Praga, Budapeste e Zagreb, realizando inclusive uma gravação ao vivo pela Rádio Bartók de Budapeste. Também nesse período foi veiculado pela RAI de Roma um programa inteiramente dedicado ao conjunto, cujo tema era “compositores brasileiros”. Em agosto do mesmo ano foram convidados para uma nova série de concertos, incluindo uma apresentação no renomado Carinthischer Sommer Festival, em Ossiach, Áustria.

Sua discografia inicia-se por dois quartetos de Lorenzo Fernandez (série ALCOA) e pelos quartetos 7 a 11 de Villa-Lobos (selo Kuarup). Esta última gravação recebeu em 1997 o prêmio “Melhor Disco” pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), em São Paulo.

Em janeiro de 2001, foram gravados outros dois CDs em projeto conjunto entre Brasil, Áustria e Croácia. O primeiro é dedicado à música de câmara da compositora croata Dora Pejacevic, numa gravação realizada em Viena, pelo selo Re Nova Classics. O segundo, uma homenagem aos compositores brasileiros, foi gravado nos estúdios da ORF (Rádio e Televisão Austríaca), em Graz, Áustria. Nesse figuram quartetos de Alberto Nepomuceno, Carlos Gomes e Alexandre Levy (o último em sua primeira gravação mundial). Em 2002, o quarteto lançou seu mais recente trabalho, o premiado CD Adiós Nonino – Quarteto Amazônia toca Astor Piazzola, pelo selo Kuarup.

Em setembro de 2002, o quarteto recebeu, em São Paulo, o Prêmio Carlos Gomes, como melhor conjunto de câmara.

Em outubro de 2002, participa da turnê aos Estados Unidos junto à OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), liderando seus naipes de cordas em concertos sinfônicos e, em apresentações de música de câmara, executando obras de compositores nacionais.


CLÁUDIO CRUZ

Primeiro violino do Quarteto Amazônia e spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Cláudio Cruz é um dos mais consagrados violinistas brasileiros.

Iniciou-se no violino com seu pai, o luthier João Cruz. Posteriormente, recebeu orientação de Erich Lehninger (violino) e Olivier Toni (teoria musical). Como extensão de sua formação, freqüentou cursos ministrados por Joseph Gingold, Chaim Taub e, nos Estados Unidos, Kenneth Goldsmith.

Vencedor de diversos concursos no Brasil foi premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) em 1995 e 1997.
Em 1991, estreou na Europa como solista da Kammerorchester Berlin. Já nesta ocasião, foi aclamado como "grande intérprete de Mozart" pelo jornal Berliner Morgenpost. A partir de então, tem sido convidado a atuar como solista e camerista em países como França, Itália, Alemanha, Áustria, Hungria, Croácia, Uruguai, Argentina, Chile e Estados Unidos.

Cláudio Cruz ocupou por dez anos o cargo de diretor musical da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e atualmente exerce intensa atividade como regente, apresentando-se frente a algumas das mais importantes orquestras brasileiras, destacando-se a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica Nacional do Rio de Janeiro e Orquestra Sinfônica de Curitiba.

Desde janeiro de 2002, Cláudio Cruz é também regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.


IGOR SARUDIANSKY

Segundo violino do Quarteto Amazônia e concertino da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Igor Sarudiansky destaca-se entre os músicos de sua geração por seu talento musical.

Começou seus estudos com seu pai, Juan Carlos Sarudiansky, continuando com os professores Erich Lehninger e Cláudio Cruz.
Dentre diversos cursos e festivais dos quais participou, destacam-se master classes com Isaac Stern, Chaim Taub e Shlomo Mintz, e o International Music Encounters, ministrado na International Menuhin Music Academy, em Gstaadt, Suiça.

Atuou como solista no Festival das Américas realizado pela New World Symphony Orchestra em sua turnê em Buenos Aires, sob a regência de Michael Tilson Thomas.

Foi premiado por duas vezes no Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.


HORÁCIO SCHAEFER

Violista do Quarteto Amazônia e spalla das violas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Horácio Schaefer possui extensa experiência no universo da música de câmara.

Fez seus estudos em São Paulo e, após ganhar vários concursos no Brasil, aperfeiçoou-se na Alemanha com Max Rostal, onde terminou seu mestrado e obteve o 1º prêmio na Escola Superior de Música de Colônia.

Foi membro da Orquestra de Câmara Deutsche Bach Solisten, spalla das violas da Orquestra Filarmônica de Essen e violista do Quarteto Ravel, tendo realizado diversas turnês e concertos pela Europa. Durante três anos, tocou na internacionalmente reconhecida Orquestra da Rádio de Frankfurt e no sexteto de cordas daquela orquestra.

Ao longo de sua carreira recebeu orientação de renomados quartetos, como o Melos Quartet, de Stuttgard, e o Amadeus , de Londres.


ALCEU REIS

Violoncelista do Quarteto Amazônia e spalla dos violoncelos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Alceu Reis é reconhecido na atualidade por sua sensibilidade musical e seu excelente domínio técnico.

Aluno de Iberê Gomes Grosso, aperfeiçoou-se com Pierre Fournier. Suas apresentações como solista das mais prestigiosas orquestras já o levaram aos Estados Unidos, Europa e países da América Latina.

Único violoncelista brasileiro a gravar a íntegra dos quartetos de Villa-Lobos, Alceu Reis foi citado no New York Times na seleção de melhores discos de 1988. Recebeu também o Prêmio Sharp nos anos de 89, 90, 92 e 93.

Em sua discografia constam, ainda, gravações de quartetos de Verdi, Puccini, Carlos Gomes, Gounod e Cesar Franck.


O Quarteto Amazônia está na programação das Séries Pinacoteca e Alphaville dos Concertos BankBoston 2003.

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